Formação da Personalidade

FALAR EM DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA É PENSAR EM FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE, FAMÍLIA, SOCIEDADE, COMPORTAMENTO...


A infância é uma fase importante na formação do caráter do ser humano.
Todas as ações das crianças são experiências práticas cujos resultados formarão a base vivencial da personalidade da pessoa.
Pois sua aprendizagem inicial se faz fundamentalmente através da imitação do que vê.


É na família que a criança encontra conforto, carinho, segurança e proteção. Porém sabemos que há muitos casos de abandono, seja por falta de condições financeiras, por falecimento, ou por motivo de doenças graves. “A família é essencial na conquista da maturidade emocional do filho, pois só ela pode proporcionar um caminho de transição entre os cuidados dos pais e a vida social”,

O sorriso de uma criança é um ato espontâneo e sincero. Da mesma forma, a birra de uma criança é um ato espontâneo e sincero.
A birra é um ato intencional. Procura chamar a atenção sobre si mesma, mas a sua manifestação ocorre de forma espontânea.

O adulto também faz birra, mas não é espontâneo.


Violência psicológica é rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, desqualificação, negligência, bullying (intimidação, perseguição e isolamento da criança), omissão de responsabilidades e punições exageradas. Por exemplo, punir uma criança para ficar em casa enquanto toda a família viaja de férias, é uma violência psicológica que em nada contribui para a sua educação. Nesse caso, no fundo, a motivação básica dos pais não é educar, mas projetar sua raiva, se auto-enganando que estão fazendo a coisa certa.
Quem castiga esquece, quem é vítima jamais esquece. Uma criança pode receber um castigo e não entender qual é a ligação dele com seu erro. Por isso, sempre temos que explicar a diferença entre o “certo” e o “errado”, e criar condições para ela saber antecipar os efeitos de seus atos e poder refleti-los depois. As explicações “elaboradas” são mais entendidas pela criança do que as simples ordens e proibições, chamadas de “código restrito”. Ou seja, a criança atende melhor um pedido do tipo ”por favor, abaixo e som, que estou atendendo ao telefone”, do que apenas a ordem seca: “Desligue isso”.
Educa bem os que usam bem as palavras, atos, acompanhados de olho-no-olho, de silêncio grávido de sentido; acertam na educação dos filhos os pais que sabem – e tem coragem – de escutar. Pais que falam palavras vazias, que fingem ser o ‘amigão’, abdicando-se de sua autoridade de pais, podem estar cometendo uma fraude educativa. Castigos e punições, como também dar prêmios sem merecimento, podem causar efeito negativo na formação do futuro cidadão.
Equilibrar palavras e atos , sem recorrer o uso de violência física, é fazer da educação uma arte e nova ética para uma nova geração que poderá ser mais democrática e mais feliz.


Fases do desenvolvimento infantil:



Fase oral

Diz respeito ao primeiro ano de vida do bebê,que tem a boca como zona erógena,onde se satisfaz ao alimentar-se,ao sugar,movimento dos lábios que lhe dá muito prazer.O “prazer oral” ou “pulsão oral” não está relacionado apenas a alimentação,mas a tudo que gera prazer,quer dizer,a sucção de um objeto em sua boca excitando a mucosa(mamilo do seio da mãe,mamadeira e posteriormente uma parte do próprio corpo muitas vezes o polegar).
O polegar funciona como um objeto fantasioso que está intimamente ligado ao próprio bebê, o que se chama de narcisismo.( a criança tem uma admiração própria)
Nesta fase a criança conhece o mundo de baixo para cima.

Quando esta fase não é bem vivida, tem como consequência o sarcasmo do adulto, o arrancar o alimento de alguém, a fofoca, têm sido descritos como relacionados a esta fase do desenvolvimento.

A retenção de algum interesse em prazeres orais é normal. Este interesse só pode ser encarado como patológico se for o modo dominante de gratificação, isto é, se uma pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais para aliviar a ansiedade.



FASE ANAL


Desenvolve-se por volta do segundo e terceiro ano de vida da criança,quando a libido passa da organização oral para a zona erógena anal,e sua fantasia básica será ligada aos seus primeiros produtos – o valor simbólico das fezes.
É nesta fase anal que ocorre a maturação do controle muscular,há uma organização psico- motora –A criança começa a andar na ponta dos pés,ainda que equilibrada a criança passa a conhecer o mundo de pé,frente a frente e não mais como ocorria anteriormente na fase oral,de baixo para cima.Além disso,inicia-se a fala e o controle dos esfíncteres.(das fezes).

Há o desenvolvimento do sentimento de que a criança tem coisas produzidas por ela mesma,que podem ser ofertadas ou negadas ao mundo(Ex:é possível perceber por seu andar,anda tranquilamente,mas caso chegue um estranho,engatinha buscando a mãe;e falar apenas quando sente que é aceita,caso contrário emudece em resposta ao ambiente que rejeita ou ataca.
Parte da confusão que pode acompanhar a fase anal é a aparente contradição entre o pródigo elogio e o reconhecimento, por um lado e, por outro a idéia de que ir ao banheiro é "sujo" e deveria ser guardado em segredo. A criança não consegue compreender inicialmente que suas fezes e urina não sejam apreciadas. As crianças pequenas gostam de observar suas fezes na privada, na hora de dar a descarga, e com freqüência acenam e dizem-lhes adeus. Não é raro uma criança oferecer como presente a seu pai ou mãe parte de suas fezes. Tendo sido elogiada por produzi-las, a criança pode surpreender-se ou confundir-se no caso de seus pais reagirem ao presente com repugnância. Nenhuma área da vida contemporânea é tão carregada de proibições e tabus como a área que lida com o treinamento da higiene e comportamentos típicos da fase anal.
Quando a criança ama e sente que é amada pelos pais,cada elemento produzido é sentido como bom e valorizado,isto é,o que se espera para que o desenvolvimento seja normal e estabeleça o sentimento básico que levará a todas as etapas posteriores da vida.

O sentimento que ficará será de que é adequada e que seus produtos são bons,sendo assim estará sempre estimulada a produzir.Este sentimento é necessário para todas as relações estabelecidas com o mundo:trabalho,filhos,etc.

Quando ocorre angústias sobre as relações de amor entre os pais,educadores e a criança, as fezes,a fala,o andar,não mais são objetos de valor,concretizando na criança a fantasia de que seus produtos são maus,são armas destrutivas que agridem o mundo todas as vezes que são produzidos.Como conseqüência,se tornará um adulto sentindo-se incapaz de produzir coisas boas a sociedade.

Em relação às patologias ,tem-se aqui a paranóia como conseqüência primeira do fracasso em estabelecer a colocação dos produtos infantis no mundo.E a neurose obsessiva, conseqüência segunda no fracasso do desenvolvimento anal,na qual o obsessivo torna-se afetivamente inativo.O amor e o afeto,vão sendo substituído por um mundo frio e formal.

FASE FÁLICA/FASE DE LATÊNCIA
Bem cedo, já aos três anos, a criança entra na fase fálica, que focaliza as áreas genitais do corpo. Freud afirmava que essa fase é melhor caracterizada por "fálica" uma vez que é o período em que uma criança se dá conta de seu pênis ou da falta de um. É a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais. É quando a criança começa a ter consciência dos seus órgãos genital, e passa a se identificar com as figuras parentais. No caso do menino ele se identifica com a mãe, e passa a desejá-la “inconscientemente”, sendo que o pai, que é o papel da autoridade deve intervir e “castrar” esse desejo do menino. Caso isso não aconteça, essa criança vai crescer com a consciência de que “tudo pode” e que não existe lei.
Nessa fase, a menina gosta de se enfeitar com qualquer trapo, gosta de passar pó-de-arroz e batom. Está sempre calçando os sapatos de saltos da mãe, como também gosta de exibir a bolsa pendurada no braço. Já o menino começa a gostar de brinquedos e de jogos agressivos, e se sente importante usando os objetos de uso pessoal do pai. Geralmente esse período fica até os 06 anos de idade.
Nesse período acontece a identificação masculina : o menino quer ficar poderoso como o pai para ter uma mulher como a que o seu pai tem. Nesta fase a criança precisa de um pai tranqüilo do seu papel masculino e de um casal saudável.
Muitos casos de homossexualismo começam a se desenvolver nesta fase.Por repressão excessiva ou por ausência afetiva dos pais.É aí que são organizados os modelos de relação entre homem e mulher.
cínicos,manipuladores, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e parentes, e colocam em risco suas vidas e a de outras pessoas.

Nesta fase O segundo período é caracterizado pelo estágio de latência e vai dos seis aos dez anos. O interesse maior da criança concentra-se na aprendizagem, na ampliação de conhecimentos. O organismo da criança encontra-se numa espécie de repouso biológico com a finalidade de acumular energias para uma importante etapa do crescimento físico e do desenvolvimento emocional que acompanham a puberdade.

Fase Genital
Marca a entrada na heterossexualidade. O centro de preocupação passa para o ato sexual com a finalidade de cumprir a continuidade da espécie através da reprodução
E, finalmente, na adolescência é atingida a última fase quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo - o outro. Neste momento meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.



Dra Lekissandra Gianis - Psicanalista / Hipnoterapeuta (21) 96438 8027 (Whatsapp)


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