VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER.
ROMPENDO A BARREIRA DO SILÊNCIO
Violência Contra Mulher é muito mais que dor física é a dor da alma. Diariamente mulheres são agredidas por seus companheiros de maneira fria e cruel. É preciso se conscientizar e dar um basta livrando -se desse ciclo que pode resultar em morte.
Entenda um pouco mais sobre o assunto identificando os diferentes tipos de violência, suas consequências e as maiores dificuldades encontradas para romper com o agressor:
A violência física acontece quando há uma ação destinada a causar dano físico à outra pessoa.
A violência psicológica é toda ação ou omissão destinada a produzir dano psicológico ou sofrimento moral à outra pessoa como sentimentos de ansiedade, insegurança, frustração, medo, humilhação e perda da auto-estima fazendo com que essas se somatizem causando muitas vezes danos à saúde, algumas delas irreparáveis.
A violência sexual é todo ato no qual uma pessoa que está em posição de poder obriga outra a realizar atos sexuais contra sua vontade, por meio de chantagem ou força física.
Violência moral é quando ocorre calúnia ou difamação.
Violência patrimonial é quando o agressor retém o dinheiro ou outros bens destrói objetos, documentos ou instrumentos de trabalho entre outros.
A palavra violência foi incorporada no cotidiano de todos nós, e é de fato, um problema social e de saúde pública assim como uma violação dos direitos humanos.
O alcoolismo, o uso de drogas, o desemprego, problemas psicológicos e psiquiátricos, ciúmes, traição, provocação, todos esses são motivos alegados por homens que agridem suas parceiras. Podemos compreender todas essas alegações como fatores que precipitam a violência, mas nunca como causa.
Na maioria das violências, os agressores são homens. Cônjuge e/ou ex cônjuge da vitima. Não existem provações que ocorram patologias psiquiátricas em todos os agressores, entretanto, considera-se válido, que os agressores quase sempre apresentam comportamentos de transtorno anti-social da personalidade,transtorno explosivo da personalidade (emocionalmente instável), dependente químicos e alcoolistas,embriaguês patológica,transtornos histéricos (histriônicos), paranóia e ciúme patológico.
É muito difícil para uma mulher em situação de violência doméstica romper definitivamente a relação com o agressor. Muitas mulheres demoram anos até conseguirem denunciar, e é comum que consiga realmente se libertar somente após várias tentativas e poucas conseguem sem algum tipo de ajuda.
Embora seja maltratada por seu companheiro a mulher passa a ter uma grande dependência afetiva.
. Baixa auto – estima – geralmente o agressor faz com que essas mulheres se sintam feias, gordas, “burras” ou tantos outros adjetivos que ponha na mulher sentimentos de inferioridade. Muitas delas sentem-se tão desvalorizadas que não acreditam que conseguirão sair da relação violenta. Não se imaginam capazes de promover tamanha mudança em suas vidas e nem consideram que mereçam ser tratada com carinho e respeito. É um estado perigoso,pois faz com que essa mulher se isole, dificultando assim o processo de ajuda.
· Isolamento – uma das características marcantes das relações conjugais violentas é o isolamento das mulheres.
· Medo – grande numero de mulheres que são assassinadas pelos maridos morrem justamente quando estão rompendo a relação com o agressor.
· A “Síndrome de Estocolmo” – esta síndrome foi observada em situações de sequestro quando as vitimas se apaixonam por seus sequestradores e passaram a segui-los e defende-los. Algumas situações de extrema violência doméstica podem ser comparadas ao sequestro; mulheres que vivem praticamente em cárcere privado, tamanho o isolamento social, dependem dos maridos para absolutamente tudo.
· Esperança de que o marido mude de comportamento – O homem violento é o mesmo homem com quem a mulher fez planos de uma vida feliz, com quem ela teve filhos, com quem ela tem (ou teve) momentos de prazer e alegria.
A Mulher em situação de violência domestica e as manifestações clínicas e psicopatológicas:
A manifestação clínica da violência podem ser agudas ou cronicas, físicas, mentais ou sociais. Lesões físicas agudas (inflamações, contusões, hematomas em varias partes do corpo), em geral, são consequências de agressões causadas por uso de armas, socos, pontapés, tentativa de estrangulamentos, queimaduras, sacudidelas. Em alguns casos, podem provocar fraturas dos ossos da face, costelas, mãos, braços e pernas além de comprometerem o psicológico a exemplo disto são mulheres que foram queimadas ou mutiladas que são obrigadas a conviver a permanentemente com esta terrível lembrança.
A mulher que convive ou que já conviveu com esta situação pode apresentar alguns dos sintomas psicossomáticos como, insônia, pesadelos, falta de concentração e irritabilidade, caracterizando-se, nestes casos, a ocorrência de estresse pós - traumático. Os efeitos sobre a saúde podem ser prolongados e crônicos, podendo ser evitados mediante tratamento e apoio apropriado, tanto profissional, como pela família e amigos.
Alterações psicológicas podem ser decorrentes do trauma, entre eles o estado de choque que ocorre a agressão, podendo durar varias horas ou dias. Outro sintoma frequente é a crise de pânico, que pode repetir-se por longos períodos comprometendo sua saúde mental. Ansiedade, medo e confusão, fobias, insônia, pesadelos, auto-reprovação, sentimentos de inferioridade, fracasso, insegurança ou culpa, baixa auto-estima, comportamento auto destrutivo- como uso de álcool e drogas, depressão, tentativas de suicídio e sua consumação.
Dentre os quadros orgânicos resultantes, encontram-se lesões, obesidade, síndrome de dor cronica gastrintestinais, fibromialgia, fumo, invalidez, distúrbios ginecológicos, aborto espontâneo.
Mais que o corpo, a violência machuca a
alma,
destrói sonhos e acaba com a dignidade da mulher.
Não se permita! Você pode dar um basta!
*Caso você sofra qualquer tipo de violência, procure ajuda de um psicanalista.
Dra Lekissandra Gianis - Psicanalista / Hipnoterapeuta (21) 96438 8027 (Whatsapp)
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