Dominação masculina, um comportamento aprendido.

   Homens são, desde a infância, incentivados a desenvolver atitudes competitivas, agressivas e a demonstrar poder através da força física. Eles aprendem que tem o direito de controlar e mandar nas mulheres. As violências físicas, psicológicas e sexuais podem ser entendidas, portanto, como um recurso extremo para manter as mulheres” em seu lugar” de inferioridade e submissão.  Trata-se de um padrão de comportamento aprendido e, de várias formas, endossado pela sociedade. Não é, de forma alguma, uma patologia individual, mas uma licença social.
    Embora todos os homens e mulheres em nossa cultura passem basicamente pela mesma formação, não são todos os que desenvolvem relações conjugais violentas. Isso vai variar de acordo com alguns outros fatores ao longo da vida de cada um, alguns estudos mostram, por exemplo, que homens que sofreram violência física na infância e na adolescência e os que testemunharam a violência entre seus pais são mais propensos a agredirem suas parceiras. Eles aprenderam ser essa a forma adequada para resolver conflitos, e consideram que a violência é aceitável nas relações afetivas, como parte da educação, da demonstração de cuidado e de amor.
         A violência tem inicio na tenra infância, quando os pais dão aos meninos espadas, revolveres de brinquedo,  lançadores de Mísseis e videogames em que o objetivo é vencer matando. Isso prossegue na adolescência e a vida adulta , através de livro e músicas, filmes, desenhos animados e programas de TV que idealizam o herói como guerreiro/conquistador.  As mulheres colaboram ativamente nesse processo, quando as mães chamam seus filhos de “marica” (isto é fracos) quando choram, e quando as meninas ridicularizam os meninos sensíveis, chamando-os de “fracotes”, dizendo preferir os durões e valentes  em alguns casos, até mesmo valorizando os homens que batem em mulheres, como sendo uma maneira de expressar seu “amor”. 


    A responsabilidade pela violência cometida é de cada homem agressor. É importante a compreensão dos diversos fatores que levam um homem a ser violento para desnaturalizar a violência, jamais para justificá-la.  Os diferentes tipos de violência podem estar relacionados ao fato de ter sofrido rejeição, negligencia ou castigos físicos duros por parte dos pais deixando a criança em maior risco de adotar um comportamento agressivo e anti-social, incluindo comportamento abusivo quando adulto. As crianças correm maior risco de serem agredidas em famílias onde os adultos são violentos entre si. De maneira geral, parece que fatores presentes na infância são comuns a muitos tipos de violência domestica. 
  Na maioria das violências, os agressores são homens. Cônjuge e/ou ex cônjuge da vitima. Não existem provações que ocorram patologias psiquiátricas em todos os agressores,entretanto,considera-se válido, que os agressores quase sempre apresentam comportamentos de transtorno anti-social da personalidade,transtorno explosivo da personalidade (emocionalmente instável), dependente químicos e alcoolistas,embriagues patológica, transtornos histéricos, paranóia e ciúme patológico. 
  Os homens não são naturalmente violentos. Aprendem a ser. A associação entre masculinidade, guerra, força e poder é uma construção cultural. Da mesma forma a paz, a emoção e a vocação para cuidar não são qualidades naturais da mulher. também são aprendidas!

Dra Lekissandra Gianis - Psicanalista / Hipnoterapeuta (21) 96438 8027 (Whatsapp)

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